É tudo muito relativo;
Lídia estava achando tudo aquilo muito engraçado. Sentia-se patética. Engraçadamente patética. Desejava saber porquê. Por que ela? E por que o banheiro? O que o banheiro tinha de tão especial? Seus olhos de cor indefinida examinaram a parede coberta até a metade de azulejos velhos e rachados, verde-água. Privacidade, não necessariamente; o banheiro único era compartilhado por todos os residentes no pequeno apartamento, consistindo de sua mãe, seu irmão menor e ela. Além disso, a chave da porta havia sido perdida.
O fato é que ela estava sentada na privada, cabelos presos em um rabo-de-cavalo bagunçado e curto (comprara o elástico recentemente, num camelô), os dedos de seus pés encurvando-se sobre a toalha áspera e bordô no chão, chorando.
Começara de repente. Quando percebera, uma lágrima havia conseguido escapar do duto lacrimal de seu olho direito; a gota hesitou sobre sua bochecha vermelha de calor, quando decidiu escorrer rapidamente até a ponta de seu queixo. A conta líquida, que encontrara seu destino sendo uma mancha no short cáqui, inspirou algumas outras, persistentes, não tão exigentes como sua predecessora de qual órbita sairiam. Umas dessas caíram na toalha.
Por que chorava? Não estivera deprimida recentemente. Motivo aparente, não tinha. Verdade que tinha "roubado" a pinça da mãe (roubado entre aspas, porque ela pretendia pegar e devolver o mais rapida e sorrateiramente possível) para tentar fazer as sobrancelhas sozinha, mas dor física não a afetava quando era ela mesma que a impunha. Uma espécie de mecanismo de defesa do cérebro, ela imaginava.
Mas Lídia era daquele tipo de pessoa que guarda tudo para si, engarrafa todas as emoções negativas que é capaz de conter, armazena-as numa adega, secreta, no porão de seu ser, apenas para derramá-las todas quando for (ou não for) conveniente.
A garota riu, uma risada sem divertimento algum (talvez só um pouco), esfregando um dos lados do rosto com a parte de trás da mão. Devia fazer uma tabela, ou um calendário específico, talvez (se bem que isso daria mais trabalho) para que as vezes que choraria tivessem intervalos regulares entre si.
Uma vez, na segunda-série, contara para seu melhor amigo na época, Efraím, que chorava só no banheiro. O garoto, com a inocência ou maldade que as crianças têm, interpretou errado o que ela dissera, e contou ao colega que sentava na carteira da frente (também menino) que ela chorava quando ia ao banheiro (o que fazia toda a diferença do mundo). Lídia não foi ao banheiro naquele dia. Mas Efraím continuou sendo seu amigo até a quinta-série.
As lágrimas tinham parado. A vontade de chorar era como uma onda, de seu nascimento até sua morte: vinha, ia embora, e só reaparecia como uma nova. A onda nova demoraria a aparecer, por causa do repuxo interno de Lídia (se personificado, era o mesmo cara que cuidava da adega). Ela fez as contas nos dedos; se estavam em janeiro, a próxima onda tinha 70% de chances de rebentar no Mar Lídio em julho (Mar, porque ela não era um Oceano), e seria a última do ano. Havia a possibilidade do fenômeno ser adiado até a última semana de provas, em novembro, mas era improvável. Lídia sorriu. Parecia as previsões meteorológicas da tevê.
Se eu tivesse me motivado o suficiente para começar o desenho da Lídia eu incluiria ele aqui também.
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BUONO TOMATO, UH!
Tudo bem. Eu oficialmente odeio matemática. E química. E física. Que coincidentemente são as matérias que me exigirão comprovações de aprendizado (em outras palavras, testes/provas) nas próximas semanas. E também (outra coincidência, mas que incrível!) são as matérias que eu deveria estar estudando neste momento. Ghh. Não quero. Nãoqueronãoqueronãoquero! E eu NÃO SOU MIMADA :<
Outra fascinante coincidência (a vida está cheia delas, é o que eu sempre digo. …Na verdade não, mas Einstein disse que “Coincidências são o modo que Deus encontra de permanecer anônimo”, ou coisa assim. Permanecer = verbo de ligação!) é que eu usarei este post para falar, em parte, sobre sábado, ou seja, AnimeXtreme.
Haha, esse é o segundo post desse blog sobre convenções de anime. Eu devia mudar o nome, alguma coisa como “De Con em Con” ou algo igualmente morônico. [Ou talvez eu devesse mudar de Tailored-Trouble pra Tailored-Drouble, pra que as iniciais fossem TL;DR. {acrônimo internético de Too long; didn’t read. = muito comprido; não li} já que eu escrevo tanto que ninguém lê mesmo.]
Enfim, (PROGRESSO!) nós (eu + Tizi + Luana + Bruno = nós, neste caso) resolvemos ir totos-chuntus-rreuniidos, nesse sábado, pra POA no AnimeXtreme. Não vou nem mencionar todas as confusões prévias a esse dia relativas a grupos de cosplay, desorganização, falta de compromisso e consideração. Não será necessário, já que eu fui de cosplay [meio cosplay, na verdade; não fui com a peruca porque estava muy caliente outside] e até pediram pra tirar foto comigo C: Bom, uma pessoa. Mas eu fiquei feliz, mesmo assim. Muy caliente outside é a underafirmação do ano. Pobre do Steve ficou todo suado {Steve = casaco da Organização XIII que foi MUITOCAROOHGOD e por ser de couro não me deixa transpirar :~} e eu até tirei ele por um tempo. A gente não chegou a fazer muita coisa, na verdade. Primeiro, nós demos a volta na quadra com a minha bota me incomodando apenas em um pé (depois quando eu tirei eu percebi que tinha uma bolha estourada preta naquele pé. Ops P:) e ficamos esperando na fila no sol pra comprar ingresso. Entramos. Tinha muuuuuuuuita gente. E pra ter uma idéia, 60% era cosplayer de Bleach. E eu vi três Yunas. Depois de entrarmos, perambulamos um pouco, sentamos na sombra. Fomos procurar o Workshop de Origami, não achamos. Entramos nos estandes, demos trinta voltas lá, saímos com uma plaquinha [Sonho! :3] escrito ACEITO DOAÇÕES DE CORAÇÃO <3 [/geek] daí perambulamos mais, fomos pra praça de alimentação com sede, compramos águas, vimos o Kakashi, vimos o Edward Elric e o Ichigo conversando amigavelmente {COUGHCOUGH}, sentamos na sobra novamente, vimos a turma toda de Alice no País das Maravilhas (CHESHIRE CAT / MAD HATTERRRRRRR), voltamos lá para dentro, entramos no Auditório 01 onde estava ocorrendo o Animekê. A Luana queria ficar porque tinha ar-condicionado, mas nós’ (nós – Luana = nós’) não agüentavamos mais a gritaria de Jrock mal cantado e votamos pra sair dali [o Sasuke e o cara-do-Digimon sentados na fileira da frente também não colaboraram, né Luana e Tizi?]. Saímos e perambulamos mais um pouco. Eu queria comprar um pôster, mas só tinha um de KH (e era podre) e os do Antic Café não eram tão legais. Desisti. Ah, a esse ponto a plaquinha já tinha sido re-escrita 3052 vezes, e dizia agora, de um lado, by Luana , “All you need is love <3 <3 <3” e do outro “Você tem coração? Sim / Não / Tinha”. Eu me surpreendi com o número de pessoas que respondeu. No final do evento tínhamos 6 nobodies, 6 others e 5 heartless [6 tinham, 6 sim, e 5 não]. Sentamos, DE NOVO, na sombra, DE NOVO. E ficamos lá. E aí fomos embora. Pois é.
Mudando de assunto (ou será que não?) me Hiatusei do tegaki. Estava me fazendo mal. O grupo de roleplay quebrou mesmo, então não tinha sentido continuar me preocupando tão freqüentemente com o TE. Mas, como uma boa viciada, eu checo todos os dias pra ver o que os outros postaram e salvar o que eu acho legal. A minha pasta de coisas salvas do tegaki já tem mais de três mil arquivos. Uau.
Mudando novamente de assunto (na verdade não), seguindo mais um dos memes/fenômenos que passam por nós internautas ativos que também [por coincidência!] gostam de desenho japonês, me afiliei ao fandom de Hetalia. Isso mesmo. Mas não troquei de fandom, não. Depois que o buraco negro wikipédia fandom de KH te puxa pra dentro, tu não sais mais. {e é um fandom gigaaaaaaante. Mas isso não é relevante.}
Mas enfim, expliqueition do que é Axis Powers Hetalia: um webcomic, virado mangá, virado anime, sobre os países do mundo personificados em bishonens durante o período histórico entre as duas guerras mundiais. Ou seja, a China (na verdade O China) é um garoto, os EUA são um garoto, a(O) Rússia é outro garoto, ETÊ CETÉRA. Bem estereotipados. E sem seriedade alguma. EUA [Alfred] não pára de comer hambúrgueres e só pensa em ser um HERÓI!!!!; Inglaterra [Arthur] não sabe cozinhar e tem sobrancelhas enormes estilo Rock Lee do Naruto; França [Francis; criativo, não?] nunca concorda com nenhum dos dois e é pervertido; Alemanha [Ludwig] é certinho e durão e come Wurst [lingüiça alemã C:]; Japão [KIKUUUUUUUUUUUUUUUU] é reservado e hábil com as mãos (ui ui); e, por fim, o principal, Itália do Norte {tem a do Sul também} [Feliciano] é abobado, inútil, se rende em vez de lutar, quer ser amigo de todo mundo e adora PASTA~! e grita isso em todo episódio de 5 minutos. E todos os países interagem historicamente corretos xD É bem hilário.
Não me culpem se a Música do Tomate ☆ Delicioso (ignorem a introdução) ficar na cabeça de vocês. É a música do Itália do Sul [Lovino]. Ah, se chama Axis Powers Hetaria, porque Hetare = inútil, em japonês, e Itaria = Itália; Axis Powers, porque no começo da série, Itália do Norte, Japão e Alemanha fazem uma aliança, e o nome que eles se dão é Axis = Eixo, em inglês [vulgo, o mundo gira em torno deles, e eles não se acham]. Então, em conclusão, fica “a Itália Inútil dos Poderes do Eixo”. Melhor do que “Babá Mafiosa RENASCIDA!'” que é a tradução de Katekyo Hitman REBORN!. Huh.
Ci Vediamo! **;¹
¹Nos vemos, em italiano (é o que diz na música!)
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Ah, pois é.
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