meu perfil no deviantART meu Tegaki E

Registrada como Camila, atende por Cahh (que é pronunciado como Cá, e sua grafia diferente é na verdade sem motivo algum), ou até mesmo por Camy, seu apelido antigo. Preferiria chamar-se Danielle, e pretende chamar seu filho de Dante. Fará 16 anos em nove do nove do nove, já que nasceu em 1993.
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meu humor no imood.com;

  

Rir; Música; Amigos; Desenhar; Ler; Escrever; Computador; Internet; Língua Inglesa; Mangá; Anime; Criminal Minds;Não ter que pensar (muito); Bandas desconhecidas *indie* e bandas pop que já acabaram; Sapos; Dias de chuva; Ser aceita, estranha como sou; Suco de maçã.

  

Não ser ouvida; Sol demais; Internet caindo; Bebidas alcoólicas; Cigarro; Drogas; Funk; Química; Preconceitos; Telefone; Experimentar roupas; Espinhas; Coisas não resolvidas; Surpresas; Interrupções; Colorir com canetinhas; Queimar a língua com comida.

  

julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
março 2009
abril 2009
maio 2009


  

vinte e seis/maio
17:41
feio.
água.
Jeevan.
滅びし煌きの都市 -
Yoko Shimura
rubens = doom.
ansiedade.
sozinha.
não estudando.

  


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O blog se chama Tailored Trouble por causa da música "Liar (It Takes One To Know One)", do Taking Back Sunday. Ele for criado no dia 31/07/08 por mim mesma, já que eu sentia a necessidade de me expressar através de palavras escritas (e também porque eu queria postar o que eu já tenho escrito em algum lugar).
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Hospedagem: Blogspot
Personagens:
+
Yagami Raito/Light, Amane Misa, Ryuzaki Eru/L © Takeshi Obata & Tsugumi Ohba;
+ Sora, Kairi, Riku, Roxas, Axel, Demyx, Zexion © Tetsuya Nomura/Square Enix;
+ Uzumaki Naruto, Uchiha Sasuke, Haruno Sakura © Masashi Kishimoto.

Todo o restante do conteúdo é de minha autoria. © Cahh Fleck, 2008.


É tudo muito relativo;

Lídia estava achando tudo aquilo muito engraçado. Sentia-se patética. Engraçadamente patética. Desejava saber porquê. Por que ela? E por que o banheiro? O que o banheiro tinha de tão especial? Seus olhos de cor indefinida examinaram a parede coberta até a metade de azulejos velhos e rachados, verde-água. Privacidade, não necessariamente; o banheiro único era compartilhado por todos os residentes no pequeno apartamento, consistindo de sua mãe, seu irmão menor e ela. Além disso, a chave da porta havia sido perdida.


O fato é que ela estava sentada na privada, cabelos presos em um rabo-de-cavalo bagunçado e curto (comprara o elástico recentemente, num camelô), os dedos de seus pés encurvando-se sobre a toalha áspera e bordô no chão, chorando.
Começara de repente. Quando percebera, uma lágrima havia conseguido escapar do duto lacrimal de seu olho direito; a gota hesitou sobre sua bochecha vermelha de calor, quando decidiu escorrer rapidamente até a ponta de seu queixo. A conta líquida, que encontrara seu destino sendo uma mancha no short cáqui, inspirou algumas outras, persistentes, não tão exigentes como sua predecessora de qual órbita sairiam. Umas dessas caíram na toalha.

Por que chorava? Não estivera deprimida recentemente. Motivo aparente, não tinha. Verdade que tinha "roubado" a pinça da mãe (roubado entre aspas, porque ela pretendia pegar e devolver o mais rapida e sorrateiramente possível) para tentar fazer as sobrancelhas sozinha, mas dor física não a afetava quando era ela mesma que a impunha. Uma espécie de mecanismo de defesa do cérebro, ela imaginava.
Mas Lídia era daquele tipo de pessoa que guarda tudo para si, engarrafa todas as emoções negativas que é capaz de conter, armazena-as numa adega, secreta, no porão de seu ser, apenas para derramá-las todas quando for (ou não for) conveniente.

A garota riu, uma risada sem divertimento algum (talvez só um pouco), esfregando um dos lados do rosto com a parte de trás da mão. Devia fazer uma tabela, ou um calendário específico, talvez (se bem que isso daria mais trabalho) para que as vezes que choraria tivessem intervalos regulares entre si.
Uma vez, na segunda-série, contara para seu melhor amigo na época, Efraím, que chorava só no banheiro. O garoto, com a inocência ou maldade que as crianças têm, interpretou errado o que ela dissera, e contou ao colega que sentava na carteira da frente (também menino) que ela chorava quando ia ao banheiro (o que fazia toda a diferença do mundo). Lídia não foi ao banheiro naquele dia. Mas Efraím continuou sendo seu amigo até a quinta-série.


As lágrimas tinham parado. A vontade de chorar era como uma onda, de seu nascimento até sua morte: vinha, ia embora, e só reaparecia como uma nova. A onda nova demoraria a aparecer, por causa do repuxo interno de Lídia (se personificado, era o mesmo cara que cuidava da adega). Ela fez as contas nos dedos; se estavam em janeiro, a próxima onda tinha 70% de chances de rebentar no Mar Lídio em julho (Mar, porque ela não era um Oceano), e seria a última do ano. Havia a possibilidade do fenômeno ser adiado até a última semana de provas, em novembro, mas era improvável. Lídia sorriu. Parecia as previsões meteorológicas da tevê.

 

Se eu tivesse me motivado o suficiente para começar o desenho da Lídia eu incluiria ele aqui também.

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